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  • Foto do escritorSeminário Nossa Senhora das Dores

O SERVIÇO E O MARTÍRIO: A DIACONIA DE ESTEVÃO

O homem sempre teve como marca o serviço, seja ele para subsistência ou doação. Deus em sua magnificência criou o Céu, a Terra e os seres que a povoam no serviço do amor. E o homem, sua imagem e semelhança, coopera no serviço do cuidado com a criação.

Nos primeiros passos do cristianismo, o serviço aos irmãos se fazia através de duas mesas: a da Palavra e a da Caridade. Estevão, cujo nome grego significa “coroa”, foi escolhido juntamente com outros seis homens de boa reputação, sabedoria e cheios do Espírito Santo para prestar assistência às viúvas e aos órfãos após a reunião dos Apóstolos, que discutiram o impasse entre judeus e gregos de que as viúvas destes eram deixadas de lado. Por isso, através da imposição das mãos dos apóstolos, aqueles homens foram encarregados do ofício da diaconia, servindo na pregação e na caridade (At 6, 1-7).

Assim surgia o diaconado. “Os diáconos participam de modo especial na missão e na graça de Cristo” (CIC 1570). Estevão participou de tal modo da missão de Cristo que os sinais de Deus transpareciam em seu modo de pregar, orar e curar. Sua pregação incomodou a muitos, inclusive aqueles que levaram à condenação o Cristo. Foram os que se incomodaram com Estevão, que resistiram à sua sabedoria, que o julgaram como blasfemador contra Deus e a Lei de Moisés.

Estevão, em sua defesa, percorreu toda a história do povo de Israel: do chamado de Abraão aos profetas. E, assim, questionou: “qual dos profetas os judeus não perseguiram?”. Por esse motivo, Estevão foi condenado à morte: levaram-no para fora da cidade e apedrejaram-no enquanto Estevão entregava seu espírito a Deus.

A memória dos Mártires, principalmente a de Estevão, o primeiro dentre eles, deve ressoar nos corações, para que os homens, a exemplo desses cristãos que alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro (Ap 22, 14), possam doar-se no serviço aos irmãos, na entrega por amor e no martírio, não sendo mais de sangue, mas da própria vida entregue a Cristo e aos irmãos.


Hernane Junior Silva Lopes

3º ano da etapa do discipulado – Filosofia


BUTLER, Alban. A vida dos Mártires. Tradução de Gabriel Lied, Rafael Salvi, Wilson Ribeiro. Dois Irmãos: Minha biblioteca católica, 2020. p. 393-400.


CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 4ª. ed. São Paulo: Loyola, 2017.


BÍBLIA. Sagrada. Tradução: Centro Bíblico Católico, 67. ed rev. São Paulo: Ave-maria, 1989.

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