“Eis como irão reconhecer-vos
como discípulos meus.
Se vos amais uns aos outros,
disse Jesus para os seus.”
Iniciamos mais uma vez o Solene Tríduo Pascal, meditando os últimos ao momentos da vida de Jesus. Celebrar esses dias é conectar com o Cristo Sofredor e Libertador. É estar junto da Palavra de Deus que assume a humanidade. É estar aberto a ação de Deus Pai que nos criou e nos ama com amor de mãe, a ponto de entregar seu Filho Único para salvar a todos nós.
Especificamente hoje, Quinta-feira Santa, somos chamados a reviver o dia da Instituição da Eucaristia, do Sacerdócio ministerial e do mandamento do amor. Esses três aspectos são bem caros na liturgia eucarística celebrada.
Primeiro porque recordamos a Instituição da Eucaristia, o Banquete da Vida, memorial do corpo e sangue de Cristo deixado por Ele mesmo a nós. Dentro da celebração da Quinta-feira percebemos os sinais eucarístico nas duas leituras (1ª leitura Êx 12, 1-8.11-14 e 2ª leitura 1Cor 11, 23-26). Em ambas as leituras, ficam claros para nós as relações com a Eucaristia: o cordeiro como alimento para uma família ou grupo de pessoas, a partilha do alimento, o sangue que salva; em São Paulo a narrativa faz memória da Última Ceia, a mesma refeição que Jesus deixou para nós sua presença no pão e vinho.
Da mesma maneira o sacerdócio ministerial tem sua presença nas duas leituras, como aquele que, ouvindo a Deus, orienta o povo para o banquete e a partilha (1ª leitura) e dando continuidade ao que Jesus realizou na noite em que foi entregue para ser morto. Também temos o exemplo deixado no Lava-pés, aquele quer quiser se fazer servo de Cristo deve sempre servir a todos, sem distinção.
O mandamento do Amor, deixado por Cristo, está representado ao longo de toda celebração. O principal mandamento deixado por Jesus é o amor. Amar a Deus em primeiro lugar da nossa vida e, bebendo dessa fonte de Amor inesgotável, amar ao próximo. O seguimento de Jesus por meio do Amor requer de nós compromisso, doação, sacrifício e entrega. Não é um simples amor romântico, mas um amor responsável, coerente e consciente.
Que nesse Tríduo Pascal, possamos sentar com Jesus na mesa do banquete e cear com ele, estar de pé junto com sua Mãe diante da Cruz e partilhar de sua dor, para que, passado as dificuldades da vida, possamos, com o Cristo Ressuscitado e Libertador, exultar de alegria e cantar o Aleluia definitivo diante de nosso Deus! Excelente Páscoa a todos nós
Seminarista Danilo Castro Silva
1º ano da etapa configurativa - teologia
Comments