Caminhamos neste bonito e restaurador tempo do ano litúrgico: o Advento! Somos convidados a nos preparar para a vinda do Senhor. Daqui algumas semanas faremos memória da primeira vinda do Senhor, celebrando o nascimento de Jesus. “O Verbo de Deus se fez carne e veio morar entre nós” (Jo. 1,14). E nessa dinâmica da liturgia também nos colocamos em vigilância, aguardando a vinda definitiva e gloriosa de Jesus. É preciso esperar, é necessário ‘esperançar’.
Nesta segunda semana somos introduzidos ao mistério celebrado pela exortação de João Batista, “voz que grita no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas estradas” (Mc 1,3). É preciso preparar o caminho para a chegada do Senhor, pois “não sabeis o dia, nem a hora” (Mt 25,13). A nossa existência neste mundo é passageira. Devemos viver cada dia intensamente, porque "para o Senhor um dia é como mil anos e mil anos como um dia” (2Pd 3, 8).
Eis a questão! Como nos preparar para a chegada de Jesus? A resposta é simples: talvez seja por isso que não sabemos compreende-la, as vezes somos complexos demais, dificultamos as coisas.O Reino de Deus é simples como as crianças (cf. Mt 19, 13-15). Não busquemos respostas nas realidades extraordinárias, fantásticas e distantes, mas na simplicidade do cotidiano da vida.
Advento é tempo de espera, mas também tempo de mudança! É tempo oportuno para fazer uma revisão do que temos feito em nossa vida. Olhar para dentro de si mesmo e ver o que está bom, com gesto de gratidão e ter a sinceridade e honestidade de enxergar aquilo que precisa ser renovado, convertido.
Ainda há tempo! Aproveitemos estas próximas semanas do Advento para fazermos uma “faxina” interior, deixando o coração aberto para a chegada do Senhor Jesus! Não deixemos para amanhã ou depois, a salvação se dá no hoje e agora de nossa história. Ainda há tempo! Preparemo-nos, pois “a verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a fidelidade e a justiça olhará dos altos céus” (Sl 85, 11-12). Maranathá! Vem Senhor Jesus!
Guilherme Portugal
1º ano da Etapa Configurativa – Teologia