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Foto do escritorSeminário Nossa Senhora das Dores

iv domingo da quaresma

“De tal modo Deus amou o mundo, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,6)




Laetare! Alegra-te! O que a antífona de entrada da liturgia desse 4º domingo da Quaresma estimula nos fiéis reunidos, não é um mero sentimento eufórico sobre acontecimentos surpreendentes. Mais que isso, e de um modo sublime, estimula à uma tomada de posse da tão sonhada salvação, que exige uma resposta corajosa do cristão, que é capaz de assumir a vida toda de Cristo em si, de forma intensa.

O tempo quaresmal, de modo algum, pode ser atravessado de modo despercebido, pois sua razão de ser é única e exclusivamente mirada na Páscoa de Jesus. O que passa disso ou tira a atenção desse objetivo, é ocasião de conversão e retomada do caminho da Verdade. E quantas são as distrações na nossa “via sacra” pessoal, tentações a fugir do sofrimento e do sacrifício sem entendê-los em seu mistério redentor, como participação na obra divina em nós.

Nessa celebração da alegria, em pleno tempo quaresmal, torna-se palpável a motivação para tal verdade, quando ouvimos o Evangelho desse domingo. Poderíamos contentar-nos tão somente com a boa-notícia do amor divino pelo ser humano decaído. Mas salta aos olhos nas Escrituras Sagradas a ênfase sobre a intensidade de tal amor, que “comove” o Pai a ponto de dar o seu próprio Filho como dom ao mundo. O resgate da criatura em sua mais profunda miséria acontece, assim, pela doação total de Cristo, em sua obediência ao Pai.

A grandiosidade do dom nos leva à reflexão: correspondemos de alguma forma à essa intensidade de Deus? Aí se manifesta a gratuidade do Dom divino a cada ser humano, em sua integralidade, nessa capacidade de Deus amar o pecador e livrá-lo dessa prisão, a fim de transformá-lo em homem novo, reconstruir o coração quebrado e torna-lo ainda mais perfeito que antes. Nossa dignidade restituída em Cristo nos possibilita, a cada dia, responder ao tal amor divino, pois nos tornamos Filhos de Deus, amigos de Cristo, em um “laço de amizade, tão estreito e forte, que nada poderá romper”. (Oração Eucarística VII).


Cleyton Weliton Fernandes – II Ano da Etapa Configurativa (Teologia)

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